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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sobre "A Máscara da Mediocridade Tola".

O referido texto dialoga levemente com o conto "A Máscara da Morte Rubra" de Edgar Allan Poe. Mas por que explico essa referência e não todas as outras presentes no post anterior e nos demais? Primeiramente por saber que a obra de Poe é bem mais obscura para um leitor dessas bandas do que os programas de televisão que prometem premiações mirabolantes que ninguém recebe, ou as criaturas diversas que circulam pelos ônibus, metrôs e similares. E "segundamente", para ter uma desculpa para apresentar uma simplória brincadeira que criei há alguns anos. Antes dela no entanto, se servir para aguçar a curiosidade de algum leitor, "A máscara da morte rubra" narra o avanço de uma impiedosa peste que devasta a população mais humilde de determinado reino, enquanto a elite festeja enclausurada num castelo. Pararelos possíveis entre a Morte Rubra e a Mediocridade Tola ficam a critério do leitor. Leia o conto de Poe, e não leve a sério o texto que se segue.




POE NOSSO

Poe nosso que estás no hell
santificada seja a rua Morgue
vem a nós o gato preto
derramai o barril de amontilado
com o corvo a voar pelo céu
a morte rubra de cada dia nos dai hoje
perdoai as "versão que são trash"
assim como aterrais os que vos tem lido
não nos ceguei com os lixos que teus não são
e livrai-nos de todo o mal

amém


Já que me propus a explicar mesmo, "as versão que são trash" dizem respeito as versões para o cinema da obra de Poe, considerando que até as melhores, as de Roger Corman, são trash por definição. Originalmente o texto encerrava-se com "brindai-nos com vosso mal", alterei por hoje entender que não há mal na obra de Poe, e sim na mediocridade tola que nos atola até o pescoço, e é dessa, que gostaria que ele nos livrasse.

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